Serenata à luz da vida, carne enfraquecida
Meu coração montou o palco para receber a minha diva
Amor em estreia, canta para mim sereia
Espalha por mim essa mística fragância de uma estrela
Tu és mulher, mulher de palavra e meia
Não és capaz de te escravizar por uma algibeira cheia
Não és como essas cadelas que qualquer homem prende na trela
Não precisas de mostrar o corpo, a tua alma é mais bela
Pintura sem tutela, desejada por qualquer tela
Tenho o meu coração em branco à espera da tua chancela
Ele coroa-te rainha, agora chama-me para ser rei
No meu peito ele bate veloz como Cassius Clay
Não há lei, sentimento preso já o libertei
Se tu és mulher, nenhum homem pode ser gay
Exibes-te no interior, para ti vestuário é secundário
O teu cérebro é insaciável porque o saber é prioritário
Por ti sinto amor platónico que nem Platão imaginou
Diva, mulher que Deus amou